O despertador tocou. De forma automática, mas quase sem custo, levanto-me e dirijo-me para a casa de banho. Faço a minha higiene pessoal, visto-me e, em seguida, abandono o quarto onde a minha esposa ainda repousa o sono dos justos.
O pequeno-almoço (fruta, galão e torradas com doce) é tomado sem pressas mas de forma eficiente. Osculo a minha mulher, sem a acordar e dirijo-me para o carro, de pasta debaixo do braço e blazer pelas costas. São oito da manhã e o caminho para o escritório é curto e rápido, infelizmente não é esse o caso na altura de aulas, em que o curto trajeto se alonga devido ao trânsito.
Coloco o carro em marcha e percorro algumas ruas secundárias, entro no Eixo norte-sul, saindo para a Av. das Forças Armadas, para depois seguir em direção à Av. 5 de Outubro. Depois de estacionar o carro no parque sigo a pé até à Av. da República.
O ar fresco da manhã faz-me sentir leve e a curta caminhada, depois de ter subido cinco pisos de escadas, ajudam a ativar os músculos contribuindo, juntamente com a natural boa disposição, para um bom início do dia de trabalho.
Ponto de vista Heterodiegese
Ele tinha um acordar fácil, por isso quando o despertador tocava levantava-se sem custo e fazia a sua higiene pessoal. Em seguida, vestia-se e ia para a cozinha, deixando a esposa a repousar. Durante alguns instantes ficava ali a olhar para ela! Ele gostava de a ver assim quieta, serena e solene, repousando o sono dos justos.
O pequeno-almoço era um ritual que se repetia todos os dias (fruta, galão e torradas com doce). Pronto para ir trabalhar ele pegava na pasta e descia até à garagem onde o carro estava estacionado.
Depois de percorrer algumas vias secundárias entrava no Eixo Norte-sul, para logo em seguida sair para a Av. das Forças Armadas e dirigir-se para a Av. 5 de Outubro. Daí até ao parque de estacionamento do edifício Goya era um salto.
Felizmente decorria o mês de Julho e as férias escolares haviam desanuviado o trânsito de outra forma, apesar de serem oito da manhã quando saiu de casa, teria demorado uns bons vinte e cinco minutos. Invariavelmente subia as escadas e percorria a pé o curto trajeto que o separava do escritório, na Av. da República, altura em que aproveitava para ativar o “mecanismo” e começar o dia de forma jovial e bem-disposta.
Sou um curioso numa busca permanente e contínua do sentido da vida. Sou gestor, professor universitário, formador, blogger e escritor (bom, aprendiz de escritor!)
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Para quem ama as letras é fácil escrever, porém, não é fácil manter a cabeça no lugar. Um pouquinho de cada coisa, dança, desenho, música e o principal textos. Venha me acompanhar nessa aventura.
A todas as pessoas que passaram pela minha vida; às que ficaram e às que não ficaram; às pessoas que hoje são presença, àquelas que são ausência ou apenas lembrança...