UM SORRISO

UM SORRISO Acordou sobressaltada! O som baço de algo a bater na cama foi seguido do contacto. «Será um ladrão?» Pensou. Sim era um ladrão de beijos. Nem os carinhos do marido conseguiram suavizar o acordar. A noite tinha sido terrível e não tinha conseguido dormir com o calor. Quando finalmente saiu da cama já … Continue reading UM SORRISO

A FLOR

A FLOR Ainda era inverno. Lá fora o vento soprava, frio, intenso, com furor. A altitude do local proporcionava uma vista de cortar o fôlego e uma humidade que fazia doer os ossos. Protegido pela fina camada de terra, o tubérculo latejava. Dentro dele a Flor agitava-se com impaciência: queria conhecer o mundo! Ainda a … Continue reading A FLOR

LÁGRIMA

LÁGRIMA Uma lágrima nasceu. Mortificada e em conjeturas filosofais sobre a sua origem e o seu destino. Distraída em tais reflexões, nem se apercebeu que o seio que a havia concebido se encontrava em grandes convulsões. Os soluços sucediam-se em frémitos que percorriam todo o corpo, fruto de uma tristeza profunda, com ou sem razão … Continue reading LÁGRIMA

A JANELA

A JANELA A janela: Tanto pode proporcionar uma vista para o mundo como ser uma barreira que nos separa dele... Lá estava ele. Alto, garboso, de cabelos grisalhos, passeando o cão pela trela. Emília era viúva ia para 10 anos. A perca do marido remeteu-a para uma reclusão absoluta. Ela que sempre fora uma mulher … Continue reading A JANELA

A OUTRA

A OUTRA Lisboa, hospital Lusíadas. O monitor do UTI disparou. «Emergência quarto 12» Gritou uma enfermeira. A mulher sentiu que despertava. Na memória, a imagem vaga dos polícias e ambulância «Será que tudo não passou de um sonho?» Interrogou-se. O corpo manietado e aquela sensação de frio, que lhe invadia as entranhas, estavam bem presentes. … Continue reading A OUTRA

O RAPTO

ORAPTO Instintivamente tentou levantar-se. Liberdade, o alimento da vontade! Força, provinha da noite bem dormida. Esforço vão! Raiva. Frustração. Estava de volta à floresta! O corpo manietado e aquela sensação de frio, que lhe invadia as entranhas, eram uma memória bem presente. O medo tomou novamente conta dela e o corpo entrou em convulsões. Tempos … Continue reading O RAPTO

A PENA

A PENA Sobre a folha alva e pura paira, indecisa... Distraída em volteios, qual cavalo de toureio. Aos anseios de alguém corresponde de forma precisa, Busca razões para mergulhar no tinteiro ainda cheio. Mergulha a pique, num rompante, plena de inquietude! Aos desvaneios de seu dono responde com solicitude. Com um frémito lança-se em longa … Continue reading A PENA

POESIA DE UM POR DO SOL

A POESIA DE UM PÔR DO SOL O por do sol não necessita de poesia para o enaltecer, sendo ele um dos  grandes motivos de inspiração dos poetas. Ainda assim, deixo aqui o meu "Por  do Sol", para vosso deleite ou simplesmente para dar lugar a um sorriso benevolente. Esvaindo-se lentamente em luminosidade… Caminha o Sol, inexorável, para o … Continue reading POESIA DE UM POR DO SOL

BLOGS DE PORTUGAL

Muito interessante esta ideia de juntar os bloggers todos (pelos menos os tiveram a iniciativa de se inscrever) num único local organizados por temas.Embora seja novo nestas andanças sinto que esta partilha de experiências em várias cores e formatos será uma fonte de aprendizagem cujo valor acrescentado estou certo será significativo.Para o comprovar basta seguir … Continue reading BLOGS DE PORTUGAL

OS SONHOS

OS SONHOS Quase sem fôlego corro na escuridão. Um túnel de negridão adensa-se à minha volta. Agita-se, comprime-me, persegue-me, estendendo as garras para me aprisionar. A instantes flashes de luz invadem-me os sentidos. Não os vejo, nem sequer os sinto, mas pressinto-os. Atrás de mim, a escuridão toma a forma de um monstro que me … Continue reading OS SONHOS