O PAI NATAL TECNOLÓGICO

O PAI NATAL TECNOLÓGICO A importância daquele prémio era impossível de traduzir em palavras. Filomena tinha dedicado muito tempo e esforço, para cumprir todos os objetivos, mas tinha valido a pena. Quando recebeu a caixa com o telemóvel, topo de gama, não conseguiu evitar uma pontinha de emoção. Filomena era a matriarca de uma família … Continue reading O PAI NATAL TECNOLÓGICO

A JORNALISTA | PARTE IV | CAPÍTULO 6

A JORNALISTA | PARTE IV | CAPÍTULO 6 – A esposa Ela apenas tinha falado ao seu advogado sobre os documentos que guardava no local mais insuspeito. Apesar da insistência do causídico ela não o tinha deixado sequer passar os olhos pelos papéis. Custava-lhe colocar uma pedra sobre o casamento, sobretudo por que a pedra em … Continue reading A JORNALISTA | PARTE IV | CAPÍTULO 6

O PALHEIRO

O PALHEIRO Ezequiel aos catorze anos tornou-se homem. Embora, apenas bastante mais tarde tivesse entendido, verdadeiramente, aquilo porque estava a passar. Adelaide passava por ali todos os dias, por volta das seis e meia da tarde. Regressava a casa depois de um dia de trabalho: era empregada doméstica, na casa do Dr. João Campos. Nesse … Continue reading O PALHEIRO

A LOUSA

A LOUSA O inverno em Vila Real era rigoroso e o vento tornava o guarda-chuva inútil: ignorava-o ou simplesmente o destruía. Luís estava farto das botas de borracha, porque lhe gelavam os pés e tinha calçado os socos. Os três centímetros da base de madeira, aos quais acresciam uma tira de pneu, permitiam-lhe passar pelas … Continue reading A LOUSA

O FETICHE

O FETICHE    A revelação surgiu de forma inesperada, a caminho do almoço. Gonçalo deixou cair a confissão: sentia-se atraído por mulheres mais velhas. Os três companheiros de repasto brincaram com o assunto, mas a coisa morreu por aí. Afinal tudo não passava de uma brincadeira. O que eles não imaginavam era a verdade que … Continue reading O FETICHE

A JORNALISTA |PARTE IV | CAPÍTULO 5

A JORNALISTA |PARTE IV | CAPÍTULO 5 – A reconstituição A reconstituição teria, naturalmente, lugar no palacete da Lapa. Isso era uma situação extraordinária. O tribunal por algum tempo funcionaria na sala do palacete. Era aí que iria decorrer o interrogatório da governanta. Ela era a testemunha crucial de todo o processo e a acusação iria … Continue reading A JORNALISTA |PARTE IV | CAPÍTULO 5

O SEMÁFORO

O SEMÁFORO Na cidade do Porto, numa rua íngreme, como tantas outras, daquelas que parecem não ter fim, há-de encontrar-se um cruzamento de esquinas vincadas por serigrafias azuis, abertas sobre azulejos quadrados, encimadas por beirais negros de ardósias, que alinham, em escama, até ao cume e enfeitadas de peitoris de pedra, sobre os quais cai … Continue reading O SEMÁFORO

IGNORÂNCIA

IGNORÂNCIA    O café tinha meia dúzia de mesas ocupadas. As seis jovens deram de imediato nas vistas. Para além de trazerem vestida a camisola dos Navigators, tinham uma silhueta agradável e vestiam-se de forma provocante. A minissaia curta mostrava as pernas até ao meio da coxa e a blusa justa, evidenciava uns pares de … Continue reading IGNORÂNCIA

O HOTEL RURAL

O HOTEL RURAL Aos trinta e três anos Marta era mãe de três filhos e casada há 12 anos. Considerava-se uma mulher feliz, mas nos últimos tempos tinha sido invadida por uma inquietação que não sabia explicar. A consequência mais comum dessa inquietação era a falta de paciência com o marido. Apesar dos arrufos e … Continue reading O HOTEL RURAL