A PRISÃO

A PRISÃO O granizo pintou de branco a paisagem. Não durou mais de meia hora, mas a intensidade da saraivada foi tal, que o gelo se acumulou sobre o tereno molhado. O verde resplandecente foi substituído pelo branco baço. Estávamos em Fevereiro, por isso o sol, rapidamente, colocou a cabeça de fora. Era como uma … Continue reading A PRISÃO

A JORNALISTA | PARTE V | CAPÍTULO 8

A JORNALISTA | PARTE V | CAPÍTULO 8 – O Divórcio Maria Eduarda levantou-se mal o marido saiu. Ele ia apanhar o avião das seis e quarenta da manhã e ela iria apanhar o comboio do divórcio. Tinha três dias para reunir o máximo de documentação que pudesse, quer sobre as aventuras do marido quer sobre … Continue reading A JORNALISTA | PARTE V | CAPÍTULO 8

ONDE PARA O CARNAVAL

ONDE PARA O CARNAVAL A notícia tinha caído como uma bomba e tinha-se espalhado como um rastilho: o carnaval tinha desaparecido. Primeiro apareceram os rumores sobre os desfiles de carnaval. Por qualquer razão, que ninguém parecia conhecer, não haveria desfile no Rio, nem em Salvador, nem em Olinda, nem... Aprofundado o assunto, identificou-se a dimensão … Continue reading ONDE PARA O CARNAVAL

A JORNALISTA | PARTE V | CAPÍTULO 7

A JORNALISTA | PARTE V | CAPÍTULO 7 – A Revelação Maria Eduarda ficou em estado de choque. O aniversário do irmão tinha sido pretexto para juntar toda a família, com a exceção dela que, por estar em Portugal, não comparecera. O assalto correu mal e a família foi chacinada.  Os vizinhos foram o seu suporte … Continue reading A JORNALISTA | PARTE V | CAPÍTULO 7

LEALDADE

LEALDADE A rua estava quase deserta. O choque paralisou-o. Poisou a mochila para poder fechar a parka, o que o fez sentir mais aconchegado. Estava um frio danado! O ar gelado entrava por todos os lados e aguilhoava-lhe o corpo. Sentia-se desconfortável, demasiado desconfortável. Apressou o passo para tentar aquecer. Não resultou. O frio acometia-lhe … Continue reading LEALDADE

A NOTÍCIA

A NOTÍCIA Tinha que atender aquele telefonema. «Era muito importante!» Dissera a secretária. O suficiente para interromper a reunião. Não conseguia respirar! A lividez de morte no rosto. A dor que o tolhia. Sentou-se. O desgosto era tão profundo que nem uma lágrima conseguiu verter. Doía-lhe a alma. Sentiu-se claustrofóbico. Com gestos desesperados abriu a … Continue reading A NOTÍCIA

A JORNALISTA | PARTE V | CAPÍTULO 6

A JORNALISTA | PARTE V | CAPÍTULO 6 – O luto Perestrelo tinha acabado de jantar e sentou-se para ler um pouco. O pensamento voou para Anabela. Teve de fazer algum esforço para não lhe ligar. Tinha que a esquecer. Concentrou-se no livro. O toque do telefone interrompeu-lhe a leitura. «Será a Anabela?» Pensou. O coração … Continue reading A JORNALISTA | PARTE V | CAPÍTULO 6

O PAQUETE PRÍNCIPE PERFEITO

O PAQUETE PRÍNCIPE PERFEITO Vila Marim ia ficando para trás e à medida que isso acontecia sentia a pressão no peito aumentar. Era uma espécie de angústia que lhe estrangulava a garganta e lhe dificultava a respiração. Pensou na mulher de quem tanto gostava, mas isso apenas piorou as coisas. Fixou o olhar no exterior … Continue reading O PAQUETE PRÍNCIPE PERFEITO

A RAIA

A RAIA O padrinho tinha mandado palavra: precisava de ter dois dedos de conversa. Gostava muito do padrinho e estava com ele muitas vezes, embora isso acontecesse com menos frequência, desde que este ficara entravado. Abraçaram-se com amizade. O padrinho era um proprietário agrícola, descendente de um morgado. Era uma pessoa nobre e justa, que … Continue reading A RAIA

A JORNALISTA | PARTE V | CAPÍTULO 5

A JORNALISTA | PARTE V | CAPÍTULO 5 – O anjo da morte Mónica Fonseca encostou-se para trás e recostou a cabeça. Nunca se tinha visto numa situação como aquela. Tinha entre mãos três assassinatos por resolver, sendo que o mais provável era estarem todos ligados entre si, podendo dar-se ainda a coincidência de o assassino … Continue reading A JORNALISTA | PARTE V | CAPÍTULO 5