O AGRADECIMENTO

O AGRADECIMENTO
Levantou-se num impulso. Um sentimento incontrolável movia-lhe os pés. Os braços estendidos buscavam o rosto do chefe. Os olhos pareciam, dois sóis, tal era a intensidade do seu brilho. Os passos curtos e bamboleantes faziam as ancas dela contorcer-se, para um e outro lado. Os lábios uniram-se e comprimiram-se, formando um beijo que voou com ela, apressado, ao encontro do rosto dos seus afetos.
Instintivamente o corpo dele ficou hirto. O beijo não o incomodava, pura e simplesmente, não esperava aquela reação. Viu-a aproximar-se como uma torrente impetuosa. Uma torrente de felicidade. Tudo nela era sentimento. Um sentimento puro sincero e jovial. Um sentimento que iria desaguar nele.
Esse sentimento que a movia era poderoso e intenso, mas o gesto que o materializou foi simples e significativo. As mãos dela seguraram, delicadamente, o rosto dele e os lábios depositaram-lhe um beijo no rosto, ao mesmo tempo que dizia:
«Obrigado!»
Foi o mais belo discurso de agradecimento que podia ter sido proferido: Um beijo e uma palavra. Apenas isso e estava tudo dito.

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