COVID-19 | RELATÓRIO DO DIA 24/03/2020


COVID-19  | RELATÓRIO DO DIA 24/03/2020
Cá estou com a informação atualizada e com os meus comentários sobre os números.
·         Nas últimas 24 horas registou-se alguma melhoria nas tendências.
·         A percentagem de crescimento dos casos infetados diminuiu.
·         A percentagem de crescimento dos casos suspeitos diminuiu.
·         A taxa de mortalidade aumentou.
·         O índice de infetados (infetados/suspeitos) aumentou.
·         A percentagem de casos recuperados aumentou
De uma forma geral, são boas notícias. A dedução do ritmo do crescimento de casos infetados é significativa, criando uma expetativa positiva. Noto que já se verificaram reduções de grandes magnitudes, que foram seguidas de reversões, por isso aguardemos. Vamos aos números.
A – ANÁLISE GLOBAL
INFETADOS
1.    Crescimento médio diário de todo o período:37,9% versus 39,1%, no dia anterior
2.    Crescimento médio diário dos primeiros 8 dias: 52,9%
3.    Crescimento médio diário dos últimos 8 dias: 27,9% versus 29,9%, no dia anterior
4.    Crescimento do último dia: 14,6% versus 28,8%, no dia anterior
Comentários:
A análise dos números diz-nos que:
·         O crescimentos dos últimos 8 dias é claramente inferior ao dos primeiros 8 dias (27,9% versus 52,9%) e inferior à media diária de crescimento (27,9% versus 37,9%). O diferencial entre os dois números aumentou, o que é uma boa notícia.
·         A evolução do último dia quando comparado com o penúltimo, regista uma melhoria assinalável (14,6% versus 28,8%), representado a última metade da primeira.
·         Apesar de termos uma amostra pequena, esta permite perceber que se está a desenha uma tendência de alisamento da curva que poderá transformar Portugal num caso menos grave que o dos seus vizinhos. 
CASOS SUSPEITOS
1.   Crescimento médio diário de todo o período: 26,7% versus 27,4%.
2.   Crescimento médio diário dos primeiros 8 dias: 21,9%
3.   Crescimento médio diário dos últimos 8 dias: 21,2% versus 24,8%, no dia anterior.
4.   Crescimento do último dia: 13,2% versus 19,5% no dia anterior

Comentários:
A análise dos números diz-nos:
·         O crescimento dos últimos 8 dias é inferior ao dos primeiros 8 dias (21,2% versus 21,9%). Isto acontece pela primeira vez o que é excelente!
·          O crescimento dos últimos 8 dias é, também, inferior à media diária de crescimento 21,2% versus 26,7%). 
·         Esta evolução é idêntica à dos casos infetados, evidenciando uma redução da intensidade do crescimento.
·         Note-se que a percentagem de suspeitos que estão infetados, voltou a aumentar, embora muito ligeiramente. Hoje situa-se nos 15,3%, versus 15,1% no dia anterior.


ÓBITOS
1.   A taxa de mortalidade (óbitos/infetados) situa-se nos 1,27%, versus 1,12%, no dia anterior.
2.   O crescimento médio diário de todo o período: 62,6% versus 68,6% no dia anterior.
3.   Crescimento médio diário dos primeiros 8 dias: 62,6%
4.   Crescimento médio diário dos últimos 8 dias: 62,6%
5.   Crescimento do último dia: 30,4% versus 64,3%, no dia anterior.
Comentários:
·         Os dados são insuficientes para a realização de análise mais detalhadas. No entanto, faço notar que as médias calculadas dizem apenas respeito ao período que se iniciou com o primeiro óbito.
·         Em todo caso, estamos a assistir a um aumento do número absoluto de óbitos, o que é expectável que continue a acontecer, com um comportamento exponencial.
RECUPERADOS
1.   Embora já existisse informação sobre recuperados, é o segundo dia em que esta aparece sistematizada.

Comentários:
·         Trata-se do segundo dia com dados não sendo possível apresentar uma análise devidamente suportada
B – ANÁLISE POR ZONAS GEOGRÁFICAS
Vejamos como cada uma das regiões em que Portugal foi dividido contribui para os dados globais. Portugal foi dividido em 8 regiões, a saber:
1.   Norte
2.   Centro
3.   Lisboa
4.   Alentejo
5.   Algarve
6.   Açores
7.   Madeira
8.   Estrangeiro

INFETADOS
·         Desde o aparecimento do primeiro caso que o maior número de caso se verifica no Norte do país, com exceção dos dias 15 e 16 em que Lisboa assumiu a liderança.
·         A variação do último dia representou um ligeiro aumento do peso das regiões Centro e sul e uma ligeira redução da região do norte.
Graficamente, a situação atual é a seguinte:
ÓBITOS
·         Não existe qualquer evidência estatística de uma correlação entre os número de infetados e o número de mortos, uma vez que os segundos estão mais associados à idade dos infetados e ao facto de estes serem portadores de outras doenças.
·         No último dia registou-se uma redução do peso das regiões do Norte e Lisboa e um aumento do peso da região centro. O centro passou a liderar
Graficamente, a situação atual é a seguinte:
RECUPERADOS
·         Em termos percentuais o Lisboa é a região que apresenta maior percentagem de recuperados e o norte a que apresenta a menor.
·         A relação entre os recuperados e os infetados demonstra que a região Norte, para além de ser a que tem mais infetados, é a que apresenta uma percentagem de recuperação menor, sendo que a região centro é a campeã.

CONCLUSÕES
·         Ainda não é possível dizer com segurança que as medidas tomadas estão a surtir o efeito desejado, mas a tendência positiva de redução do efeito de aceleração do crescimento continua a acentuar-se.
·         Ainda estamos a registar um crescimento exponencial muito acelerado o que significa que estamos longe do pico da curva, mas os valores do último dia deixam uma grande esperança.
·         O índice de mortalidade apesar de ser mais baixo que a média mundial (1,27%), está em franco crescimento, sendo provável que se aproxime dessa média (esperemos que não se aproxime da média da Itália).
·         O índice de recuperação situa-se no 0,9%, mas, como se trata dos primeiros resultados ainda não é possível tirar grandes conclusões
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