O SILENCIO QUE COMIGO FICOU

O SILÊNCIO QUE COMIGO FICOU

O silêncio grita comigo,

Na solidão do meu quarto.

Tapo os ouvidos,

Recuso-me a escutá-lo!

Ma ele insiste.

Persiste.

Toma-me de assalto!

Invade as minhas entranhas,

Para logo sair pelos poros,

Como gotas de suor,

Que não cheiram as rosas,

Mas têm o seu odor…

O silêncio calou-se enfim,

Ou apenas me embalou noite dentro.

A paz e a tranquilidade residem em mim,

Abandona-me esse efémero sentimento.

Pois o silêncio que reina no meu sono,

Grita, surdamente, dentro do meu sonho.

Falo com ele, em desespero,

Num grito sem eco,

Que morre na minha garganta.

Nada! O filme é mudo,

Ou será que o silêncio é surdo?

Esbracejo.

Tento libertar-me das amarras,

Que me prendem com nós invisíveis.

É demasiado tarde!

Tarde para viver com outro sentido,

Ou ambicionar ter o que não se tem,

Por se sentir o tanto que não foi vivido!

Sinto a alma emudecer…

O cérebro congela os pensamentos!

Explode o coração de tanto querer,

Dar aos quatro membros ação e movimentos!

Até o silêncio já me abandonou…

Resta-me o silêncio que comigo ficou.

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